Comprar no comércio local? É a escolha de 82% dos portugueses

Os dados de setembro colocam os portugueses acima da média europeia no que toca a comprar no comércio local, com 74% dos europeus a eleger opção.

Comprar o pão ou produtos na padaria ou mercearia local é cada vez uma preferência dos consumidores nacionais: 82% opta por abastecer a dispensa neste tipo de retalho. Conveniência (49%), filas menores face aos supermercados (51%), assim como a ausência de deslocações (50%) são as razões que justificam essa opção, de acordo com um estudo da Mastercard, realizado em setembro, em 16 países, incluindo Portugal.

O estudo, realizado junto de uma amostra de 13 mil pessoas, revela uma evolução face a junho. Nessa altura, 72% dos consumidores nacionais diziam preferir comprar no comércio local. Os dados de setembro colocam os portugueses acima da média europeia no que toca a comprar no comércio local, com 74% dos europeus a eleger esta opção.

“As pequenas empresas são a espinha dorsal da economia. À medida que as pessoas redescobrem os seus bairros, estão a dar uma nova oportunidade a um número significativo de pequenas empresas que oferecem produtos ótimos, variados e únicos. A Mastercard tem, por isso, procurado ajudar as pequenas empresas a prosperar e temos encorajado outros parceiros a juntarem-se a nós na celebração dos heróis locais – consumidores e lojistas. O relançamento da economia começa à nossa porta e as lojas e comunidades locais desempenham um papel fundamental na recuperação e no regresso ao crescimento”, diz Paulo Raposo, Country Manager da Mastercard em Portugal, citado em nota de imprensa.

A maioria dos portugueses (75%) aumentou o grau de reconhecimento pela respetiva comunidade e pelo comércio local durante o confinamento, com 84% a afirmar que prefere comprar a alguém que já conhece e 79% que tem maior confiança nas recomendações feitas pelos lojistas locais, informa a Mastercard.

Por toda a Europa, há essa maior ligação ao comércio local, com “49% das pessoas (e 65% dos portugueses) a gastar mais no comércio local para ajudar as respetivas comunidades a recuperar da crise”. Em Portugal, 28% das pessoas “passaram a ter um novo tipo de relação com os lojistas locais e as lojas independentes e deram como vantagens os melhores preços (15%) ou entregas mais rápidas (12%).”

O crescimento do comércio online efeito da pandemia também é evidenciado pelo estudo, bem como o espírito de comunidade, com 33% dos inquiridos a se mostrar disponíveis para receber as encomendas online de um vizinho. “Durante o confinamento, o conceito de comunidade ultrapassou mesmo a relação com o comércio, fazendo renascer a noção de vizinhança, que ganhou novos e positivos contornos como, por exemplo, uma maior convivência (53% passou a cumprimentar os vizinhos), 12% fica com a chave de casa suplente do vizinho e 15% criou um grupo whatsapp para comunicar com os vizinhos”, refere o estudo da Mastercard.

Fonte: dinheirovivo.pt