Governo aumenta linhas de crédito com garantia de Estado para 13 mil milhões

Governo aumenta linhas de crédito com garantia de Estado para 13 mil milhões. Tem mais 50 milhões para micro e PME se adaptarem à pandemia

O Governo vai lançar uma segunda edição do programa Adaptar, que tem como objetivo auxiliar e estimular micro e PME a adaptarem-se à pandemia.

O Governo vai aumentar as linhas de crédito com garantia de Estado, no valor máximo autorizado pela Comissão Europeia, que é de 13 mil milhões de euros, adiantou o primeiro-ministro, após o Conselho de Ministros. Para além disso, irá lançar um programa de apoio destinado às micro e pequenas e médias empresas (PME), para ajudar os negócios, nomeadamente dos setores secundário e terciário, a adaptarem-se à pandemia.

Este aumento das linhas de crédito surge numa altura em que os apoios para as microempresas se adaptarem à pandemia, bem como as linhas de crédito de 6,2 mil milhões de euros, que o Governo tinha anunciado como parte da resposta à Covid-19, já esgotaram.

Já o programa Adaptar 2.0, que é uma segunda edição do Adaptar, com mais 50 milhões de euros, tem como objetivo auxiliar e estimular micro e PME dos setores secundário e terciário a atualizar e remodelar os seus estabelecimentos e unidades de produção, modernizando-os e adaptando-os no atual contexto. Vai abranger, por exemplo, investimentos na adaptação ao contexto Covid-19, bem como em frentes de loja ou áreas de acesso ao público.

As empresas que já concorreram não estão automaticamente excluídas do acesso à nova linha, mas “tendo em conta a sua limitação”, o Governo irá procurar “assegurar a maior distribuição e o maior rateio possível entre todos”, apontou António Costa.

O Governo desenhou ainda outro programa, o Comércio.pt, no qual irá criar “incentivos à transição digital do modelo de negócio das micro e pequenas empresas, mediante a promoção do comércio eletrónico (apoio à adesão a plataformas já existentes, reformulação dos websites, etc.)”.

No que diz respeito à capitalização das empresas, o Governo desenhou duas medidas. Uma delas é um “fundo de capitalização de empresas, a ser gerido pelo Banco de Fomento, para participação em operações de capitalização de empresas viáveis com elevado potencial de crescimento, em setores estratégicos e com orientação para mercados externos”.

A outra medida foca-se no financiamento de PME no mercado de capitais, através de um “veículo especial de aquisição de dívida emitida por PME e colocação dessa dívida no mercado de capitais, através da emissão de obrigações”.

O Governo tem também em vista estimular 15 projetos estruturantes envolvendo microempresas, PME, e empresas com centros de investigação e inovação, a iniciar ações em julho deste ano, em articulação com centros de investigação e inovação, com potencial para cooperar com empresas globais para promover produtos e sistemas disruptivos no contexto europeu e global.

Os projetos estimulados terão ênfase em áreas emergentes, como por exemplo, bio-, nano-, sistemas computacionais, tecnologias eletrónicas/digitais e mobilidade autónoma.

Para além disso, irá apoiar as empresas que redirecionaram a produção para as necessidades atuais, de objetos utilizados no combate à pandemia, como batas e máscaras, mas também para o sistema científico e apoio à investigação (tratamentos, vacina, testes) na área da Covid-19.

Fonte: eco.sapo.pt